Estudando semiótica aprendemos sobre: signo, significado e significante. Qualidade, relação e representação. Ou seja, ligações relativas que fazem algo, uma coisa, que é independente em primeira instancia, passar a ser algo e, ainda depois, representar e estimular pensamentos e sentimentos a partir daquilo.
Oooooou seja: um cachorro, ou a imagem dele, pode simbolizar o melhor amigo do homem pra uma pessoa que guarda boas referências caninas e um demônio pra outra que já foi atacada e guardou um trauma, entende?
Outro exemplo bom é o mar, que pode ser calmante pra um e desesperador pra quem já quase morreu ali afogado. Tudo é relativo quando entra o personagem humano, tão profundo, cheio de emoções e mistérios no seu meio.
Uma ótima ilustração disso tudo também é a instalação de Joseph Kosuth, em que apresenta-se: uma coisa de madeira, uma cadeira e seus atributos e o conceito de cadeira.
Legal, né?
Ultimamente, com essa moda de livros para colorir com temas diversos, PDFs de mandalas para imprimir, andam banalizando toda ciência e prática da arteterapia, algo que não é só sentar e pintar com lápis caros fôrmas pré-definidas em preto e branco. É muito mais!!!
Arteterapeuta é o que acompanha aquele ser humano, aquela alma tão particular e magnífica, por uma viagem dentro si, o estimulando externamente por ferramentas artísticas muito amplas, usando música, expressão corporal, cheiros, estímulos táteis, audiovisuais, poesias, psicomagias e tanto mais, além do desenho e da pintura. Percorrer seus conteúdos conscientes e inconscientes em busca do verdadeiro centro.
A arte funciona como expressão externa de algo interno. Para que possamos primeiro nos conhecer, pra depois deixar que nos conheçam, nos interpretem ao compartilharmos nossas ideias e sentimentos sobre a jornada e seu propósito.
No caso das mandalas, interpretá-las com o devido cuidado necessita uma série de sessões particulares de arteterapia, acompanhadas de muuuuuuita conversa. Ler nossa mente é muito mais delicado do que ler uma capa de revista.
No caso das mandalas, interpretá-las com o devido cuidado necessita uma série de sessões particulares de arteterapia, acompanhadas de muuuuuuita conversa. Ler nossa mente é muito mais delicado do que ler uma capa de revista.
Não tem problema se você já comprou vários livros pra colorir ou secou sua impressora com tantas mandalas prontas, mas aqui fica a sugestão: desenhe e pinte sem formas, pois somos diferentes e isso é o que dá cor para a vida.
Caio Felix
Bhaktiananda Das
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir
ResponderExcluirSoLua (Poesias do Ser, do Vir e do Servir)26 de maio de 2015 08:00
Muito bom kainho!
E parabéns àqueles arteterapeutas que têm trabalhado com amor e dedicação, e têm ajudado muita gente a ajudarem a si mesmas!
Ah, to adorando 'curtir' seu trabalho via internets, tudo lindo, sempre florescendo-se-nos. Chuva de bênçãos sobre seu espírito!!
MaLu.