Esse é um tema delicado, o qual nossa tendência é sempre fugir quando se trata de voltar as críticas e observações externas para uma investigação interna, dos nossos próprios aspectos sombrios.
Por defesa do ego em proteger sua imagem poderosa, luminosa e outros tantos adjetivos engrandecedores, acabamos por ignorar e não visitar o outro lado da moeda, a nossa sombra, que contém o mesmo valor de poder, porém em oposição de energia, assim como a noite, o dia e suas características complementares.
Seja por competições profissionais, imagem familiar, status social e outros motivos culturais, procuramos sempre por investir nossa atenção ao lado bom e forte da nossa personalidade. Isso cria uma falsa imagem de quem realmente somos, nos distância de nosso Self, a totalidade do ser.
Não há como tentar viver acreditando-se iluminado, pois negar "o lado negro da força" é negar a si próprio.
Já imaginou sua alma te escrevendo uma carta usando caneta branca num sulfite branco ou carvão em uma folha preta? Sem o contraste não haveria leitura clara e, consciente, no caso. Viveríamos em uma constante ilusão sobre nós, criada pelo ego.
Já ouviu falar daquele ditado: "Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come"? Dentro de uma analogia com a nossa sombra, a relação com esse "bicho" determinará a sua autonomia, controle e poder sobre nossa consciência, assim como um gato selvagem, indomável de ataque repentino, difere de um gato domesticado, dócil e de convivência harmônica.
Em outras palavras, a ideia dessa nova oficina é a atenção e o encontro com o nossos monstros afim de compreende-los e integra-los com amor, o que pode ser libertador e, de fato, engrandecedor para a alma. Usaremos exercícios de arte-expressão, facilitados por Caio Felix, com orientação de filosofia védica e psicologia analítica Junguiana.
Convido os interessados em participar a enviarem email para projetoeaieduca@gmail.com informando suas cidades para cadastro no mailing.
Nos vemos na caverna!
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Bhaktiananda Das, Caio Felix, é uma alma.
Também é artista multimídia, bacharel em comunicação social, designer gráfico, estudante de psicologia analítica pelo Núcleo Junguiano de Florianópolis e filosofia védica pelo Templo Vrinda Ashram, onde foi presidente por 1 ano e residiu por 4 anos, sendo responsável pelo Centro Cultural Vrinda. É criador e diretor do Projeto EAI de Educação e Artes Integradas em 2009, que se moldou a partir do projeto de extensão em Ciências Sociais, na USP, viaja com suas mandalas e oficinas com o objetivo de auxiliar no encontro com o Ser e sua identidade original.
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